Como a vida segue o seu ritmo particular sen atender o máis mínimo aos meus intereses, anda esta Selva medio asilvestrada, e así, como quen non quere a cousa, atópome con que hai máis de dous meses e medio que decidira dar conta aquí deste acertado texto do Levantador de Minas e aínda non o fixera. E como non todo vai ser poñer atrancos, desgraciadamente a vida tamén quere que o tema siga vixente.
5 comentários:
Pois concordo coa opinión de Carlos Gallón. Cada ano que pasa o número de galegofalantes mingua e non parece que a corto ou medio prazo esto teña solución ou se dé unha inversión na tendencia.
Malos tempos (non só para a lírica).
Si, malos tempos, pero xa os houbo peores, ou non?
Fernando Pessoa dizia, algures, mais ou menos isto: não haviam duas linguas tão próximas quanto o espanhol (castelhano, claro) e o português, pois dispensavam a aprendizagem respectiva e permitiam a conversação entre os falantes das duas línguas. Concordo absolutamente.
Quando "descobri" o "falar galego" no final da minha infância, reconheci o "falar camponês" da região Entre-Douro e o Minho, que me era muito familiar, e também o "falar à Poârto" (minha cidade natal) que tanto se ridicularizava(agora os do Porto-futebol clube fazem disso bandeira e orgulho) nos media nacionais.
O galego continua a ser a matriz original do português e, simultâneamente, um dos falares comuns do galaico-português actual.
Certamente por isso, o falar galego é prejudicado pela fronteira política, mas também creio que "xa os houbo[tempos] peores".
O desafio actual e mais difícil é tornar o "falar galego" na Galiza um valor real, um valor acrescido, nas relações pessoais, profissionais e sociais em geral.
Dificilmente se consegue isso sem uma medida impositiva (tipo norma legal), que é coisa que leva a derivas com as quais antipatizo.
Em alternativa, obtêm-se o mesmo resultado, e de forma mais eficaz, estreitando as relações com a região norte de Portugal e criando uma verdadeira "euro-região": comunidade que ultrapassa os limites políticos e vive uma realidade social-económica-cultural comum.
Muito já se tem feito nesse sentido, de forma natural, espontânea e institucional, mas muito mais é necessário.
A começar pelos portugueses que se esforçam por falar "portunhol" na Galiza: também eles têm de re-descobrir sua língua matriz na Galiza.
Pepe, doulle as grazas por tan acertado e extenso comentario.
Sen dúbida a creación dunha verdadeira eurorrexión sería fundamental para o galego ir gañando terreo. Mais Galicia, sobre todo a Galicia social, non tanto a económica (por intereses evidentes), medra de costas a Portugal.
Saúdos.
X, nem de propósito: siga este link http://jn.sapo.pt/2008/05/02/porto/adeus_galiza.html.
Mais uma vez, os ritmos entre Portugal (o Norte, em particular) e a Galiza andam sempre desfazados. Creio que Castelao já havia escrito sobre o assunto.
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